A Força do Arrependimento
Temos falado constantemente sobre os acontecimentos finais e sobre aquilo que nos espera no cenário mundial. Tudo isso tende a se agravar, interna e externamente…
Algumas pessoas inclusive, que fizeram toda a formação de primeira câmara conosco, acabaram desistindo de lutar pelo resgate de sua alma – e até já se conformam em viver nas esferas inferiores do mundo… Consideramos isso uma atitude equivocada…
Sabemos que todas as portas estão fechadas para o indigno – isso é verdade; menos a porta do arrependimento.
Como enfatizamos muito ao longo do ano sobre os rigores da lei – e isso não mudou – fica no ar a impressão de que tudo está perdido… Em certo sentido, sim, tudo está perdido…
Por outro lado, atrás dessa frase que o Mestre Samael repetiu muitas vezes, de que “para o indigno todas as portas estão fechadas menos as portas do arrependimento”, esconde-se muita coisa. Em algumas obras, o Mestre Samael também fala que no abismo, nos mundos inferiores, há Mestres da Loja Branca trabalhando para de lá retirar pessoas arrependidas… Semana anterior falamos que do limbo o estudante sai caminhando com suas próprias pernas…
Portanto, faltava amarrar esses elementos soltos… O Mestre Samael, como dissemos, menciona essa possibilidade de sair do Abismo; só não sabíamos como… Temos que juntar as partes do quebra-cabeça, compreender isso, e aí então trabalhar em conformidade…
Que os tempos se fecharam é verdade! Que a humanidade foi julgada é verdade! Que a grande maioria desceu aos abismos ou foi para Hercólubus também é verdade…!
Aparentemente, aqui em cima, na superfície terrestre, a vida continua girando, continua a mesma; porém, internamente, o mundo mudou de forma radical. Nesses meses de 2007 talvez tenha ocorrido a maior mudança interna deste planeta desde o afundamento da Atlântida…
Mas a humanidade não se dá conta disso; os estudantes de Gnose igualmente não se dão conta disso, e tocam a vida como sempre tocaram… Cada um de nós tem suas histórias, explicações, justificativas… O Pilatos de cada um sempre encontra uma boa explicação para lavar as mãos para que tudo continue como sempre foi.
Porém, a reta final se iniciou neste ano de 2007 e termina em 2012, isso se não terminar antes… Portanto, o foco desta noite é exatamente essa energia poderosa que se oculta e está presente nessa simples palavra “arrependimento”…
Isso é tão forte e poderoso que o próprio grande Mestre Jeshua Ben Pandirá, na sua doutrina secreta, durante 11 anos, depois da sua ressurreição, ensinou aos seus discípulos, ao círculo interno daqueles que o acompanharam, unicamente sobre os mistérios de Pistis Sophia… Falava do arrependimento ou dos arrependimentos de Sophia; falava dos arcontes da lei; falava dos regentes das esferas de cima, do meio e de baixo…
Esta humanidade foi julgada segundo as leis vigentes nos mundos superiores e sobre as leis vigentes o Mestre Samael abordou em milhares de detalhes em seus livros e conferências. Nós aqui, ao longo deste ano, lembramos muitos ou vários aspectos dessa doutrina ou dessas leis…
Devemos nos inspirar no exemplo de Pistis Sophia; devemos nos inspirar nos arrependimentos de Sophia ou do “poder sabedoria” que cada um tem dentro de si. Diz-se que Sophia é um Ser do Aeon 13. O Aeon 13 está muito além de Kether que é a cabeça da Árvore da Vida que é o Ancião dos Dias na Árvore da Vida.
Sophia, originalmente, vem de muito além. Sophia desceu do Aeon 13 de esfera em esfera até se revestir de um corpo humano material, tal qual nós o temos hoje. Dentro de cada um de nós existe a Sophia, existe a sabedoria, existe esse poder, essa potencia do Aeon 13. Sophia desce ao caos, que é o mundo material… Por que desce? Ela desce para tomar consciência de si mesma, para [re] conhecer-se, para se dar conta de si mesma… Porém, ao descer de esfera em esfera, acabou aprisionada pelos falsos brilhos; ela foi aprisionada pelos arcontes, pelos regentes das respectivas esferas, e depois dessa longa peregrinação, ela se lembra de suas origens e quer voltar para sua casa, no Aeon 13 – e se vê perdida, atada, escravizada – e se vê aprisionada pelos arcontes e pelos poderes das esferas. À Sophia não existe alternativa que não a de clamar e suplicar por sua libertação pela Grande Luz…
Portanto, em se dando conta de sua situação, passa a entoar hinos, a fazer orações, a dirigir seu olhar, suas palavras, sua atenção, seus pensamentos para a grande luz ou a luz de todas as luzes, suplicando que seja liberada ou libertada de todos os grilhões de todas as esferas inferiores ao Aeon 13 – que é a sua morada original e onde a liberdade é absoluta, não há limites… Porque o Aeon 13 é o próprio Absoluto… Todos nós somos filhos do Absoluto; desconhecemos isso, é verdade! Não temos consciência disso também, é verdade!
Como consciências que somos, morando em corpo humano, sofremos pressão do Alto para germinar, para frutificar, para caminhar de volta à nossa origem celeste. Mas ocorre que todos estamos carregados de delitos, falhas, pecados; estamos dominados pelos poderes do mundo; nos tornamos escravos do mundo; devemos; temos imensas dívidas para com os arcontes, para com os Senhores deste mundo e das outras esferas também…
Aqueles que não se dão conta da real situação em que vivem ou que se encontram neste momento, é claro que não percebem o quanto se desviaram ou se distanciaram da sua morada celeste. A grande maioria da humanidade está feliz com seu estado atual; então, como poderíamos esperar arrependimento de parte da humanidade? Impossível!
Aqueles que chegam à Gnose ou a qualquer escola esotérica ou iniciática o fazem por pressão do Alto; seus passos são conduzidos a esses locais ou a essas escolas, com o objetivo de aprender o caminho de volta. Mas a peregrinação pelas distintas escolas do mundo costuma ser longa, e frustrante na maioria dos casos.
Nossa situação de debilidade é tão grande que quando nos deparamos com uma autêntica escola de luz a rejeitamos devido à nossa cegueira, à nossa ignorância, aos preconceitos, à má vontade – e aí então perdemos uma verdadeira oportunidade… Muitas vezes a roda gira, e temos que descer ao abismo para cumprir a purificação necessária que as leis das esferas criaram para manter o sistema funcionando…
O grande pavor que está na mente de todo estudante é o sofrimento do inferno; não vamos dizer que os mundos inferiores não sejam sofridos; são, e basta ler A Divina Comédia para perceber diretamente o quanto sofrem aquelas almas espalhadas pelas diferentes esferas do planeta inferior, um planeta paralelo que coexiste aqui e agora junto com a Terra como nós a conhecemos…
A descida para essa morte segunda é lenta, como sabemos; é sofrida, mas a misericórdia divina é tão grande que lá, nessas esferas inferiores, existem determinados Adeptos que tratam de resgatar os perdidos; e, de quando em quando, algum representante da Loja Branca desce para essas esferas inferiores para de lá retirar um desses perdidos que suplicou, que se arrependeu, levando-o a uma esfera menos profunda a que se encontra, onde passa a viver por um tempo; passado esse tempo, ele é removido ou transferido para um outro nível ainda menos profundo, até chegar ao Limbo, de onde precisa sair com suas próprias pernas… [com seu próprio esforço]
Temos que ver o inferno como matriz de purificação… No mundo inferior, a natureza faz aquilo que deveríamos fazer aqui e agora, sendo que, se escolhermos fazer este trabalho de morte psicológica aqui e agora, na superfície do planeta, por mais difícil e amargo que seja, é infinitamente mais leve, menos sofrido, do que, obrigatoriamente, sermos dissolvidos nas esferas inferiores, nas regiões inferiores do mundo…
Portanto, é um grande negócio trabalhar sobre si aqui e agora e é uma péssima escolha deixarmos para amanhã ou esperarmos que a situação se resolva… Muito melhor negociar com a Lei Divina agora; muito melhor arrepender-se e correr atrás do prejuízo agora; melhor começar o trabalho sobre si agora… Porém, quando o estudante não tem suficiente sensibilidade, nem o suficiente interesse ou força para trabalhar sobre si, é claro que a Lei Divina se cumpre, e quando a roda da lei gira, somos sentenciados…
E de acordo como peso de nossas faltas ou de nossas obras negativas na balança somos conduzidos à respectiva esfera do mundo inferior. Por isso é importante ter uma noção ou pequena idéia de como é o mundo inferior pelo estudo das obras da Divina Comédia e também do “Sim há inferno, diabo e karma”, de Dante Alighieri e Samael Aun Weor, respectivamente.
Porém, na vida prática, aqui em cima, na superfície, nenhum de nós se arrepende sem que primeiro faça uma tomada de consciência; não há como esperar arrependimento de alguém que não percebe, que não tem percepção dos seus próprios atos, delitos e da sua conduta não reta. Para haver tomada de consciência, é evidente que o interessado precisa praticar, de momento a momento, a auto-observação. A auto-observação é o mais básico que existe dentro da Gnose contemporânea; observar a si mesmo, analisar-se, estudar seu comportamento, modificá-lo, compreender seus atos, compreender a natureza de seus pensamentos, dar-se conta de seus delitos aqui e agora, durante o dia, enquanto vive na superfície, permitirá gradativamente a compreensão; não se pode compreender todo o microcosmo da noite ao dia. Nenhum Mestre da Loja Branca espera que um discípulo, um estudante, um buscador compreenda o mistério do seu Ser lendo um livro ou numa noite… Impossível! Não ocorre assim…
O que a lei divina, os regentes, os instrutores do mundo observam é a conduta, a intenção oculta atrás de cada ato. É evidente que a humanidade é cega, tem comportamento de manada, é inconsciente. O que se pode esperar da massa? O que se pode esperar daqueles que vivem apenas para se satisfazer? Nada e tudo; nada no sentido de mudar sua conduta, seu comportamento; e tudo se pode esperar no sentido de delitos, violação e transgressão das leis dos homens e de Deus.
Igualmente, de pouco serve alguém dar-se conta da situação em que vive, dos seus delitos, da sua conduta não reta se não faz, não realiza nenhum esforço para modificar-se; de pouco serve, de nada serve. Quando Sophia deu-se conta dos seus erros, da sua condição de prisioneira da matéria, do mundo caótico, das leis, dos regentes, das esferas, logo percebeu que não tinha alternativa a não ser suplicar ajuda do Alto, clamar a seu favor diretamente à Grande Luz.
Vale dizer: Pistis Sophia, quando se deu conta da sua condição, praticou o primeiro arrependimento, suplicando com fé, com força, à Grande Luz para que a salvasse. Mas é claro que esse arrependimento precisa vir acompanhado de uma mudança de direção, de atitude interior. Esta mudança pode ser sintetizada em “renúncia”… O próprio grande Mestre Jesus ensinava: “renunciai ao mundo, a toda matéria que nele existe e a todos os seus interesses para que possais ser dignos dos mistérios do reino da luz”.
Sem esta mudança de atitude interna, sem a renúncia, sem o sacrifício, sem a auto-imolação de nada serve lamentar-se. É preciso haver mudança de conduta… É preciso arrepender-se e evitar o erro, e fugir da prisão em que se encontra. Aquele que se dá conta do erro, da condição, da prisão em que se encontra, ele corre atrás do prejuízo, como se diz aqui no popular; ele trata de não mais seguir vivendo como vivia; ele trata de não cometer mais os erros que cometia, de não seguir na conduta que praticava até então.
Se alguém, aqui na vida prática, tem dificuldades para renunciar a alguma coisa, isso é sintoma claro que está muito apegado às coisas do mundo, ou à vida, ou à suas idéias, conceitos; e se há apego, meus amigos, só tem duas alternativas: desapegar-se urgentemente ou ser tragado, esmagado, pelos objetos de seu apego, pelo seu próprio desejo… Porque apego e desejo são unha e carne.
Quando falamos em “sacrifício” ou “ofício sagrado” falamos de renúncia, desapego, imolação; falamos daquilo que em Gnose se diz “padecimentos voluntários”; isso é renunciar. Renunciar ao mundo, ao desejo, e principalmente renunciar aos prazeres. Porque todo mundo, a humanidade inteira está crucificada no prazer, naquilo que lhe dá prazer. Praticamente todo o sistema moderno de vida está apoiado e gira em torno do prazer.
O prazer é uma idéia muito ampla; temos que fazer profundas reflexões sobre os prazeres que buscamos. Porque muitas vezes – quase sempre em verdade – temos fantasias. Alguns falam em sonho da casa própria ou de uma grande casa; e nós dizemos que isso é uma fantasia; mas por que as pessoas fantasiam com uma mansão? Atrás disso está o prazer. Por que as pessoas projetam sua felicidade em bens materiais? Porque, em realidade, confundem felicidade com prazer – e se matam de trabalhar para poder comprar esses prazeres que confundem com felicidade…
Por isso alertamos: a idéia de prazer é muito ampla – e aqui demos tão só alguns exemplos… Desapegar-se do prazer e das fontes de prazer e de gratificação é o “ofício sagrado”; este é o “sacrifício”.
Para fazer isso, só mediante uma tomada de consciência do estado de prisioneiro que estamos ou nos encontramos por causa dos sonhos e das fantasias que projetamos e que agora está sendo convidado a renunciar, a sacrificar, a imolar… Se for difícil renunciar, é porque há muito apego; se há apego, aí atrás, oculto, está o prazer…
É preciso despertar para a realidade, para a realidade sutil… Por isso poucos percebem; podemos sintetizar isso numa única frase: “só a luz purifica”; “só a luz tem o poder de nos purificar”. Por isso Sophia apelou diretamente à grande luz ou à luz das luzes…
O que vem a ser a “grande luz” ou a “luz das luzes”? Nada mais nada menos do que o Cristo… É o Cristo que nos redime, salva, liberta… Para que isso seja possível, ele mesmo se sacrifica, ele mesmo vive o drama da paixão dentro de nós tal qual o grande Kabir viveu em carne osso há dois mil anos…
Internamente, o Cristo íntimo de cada um, de cada iniciado, vive esse mesmo drama… Todos aqueles que cumpriram com as iniciações Venustas, ou a iniciação de Tíferet, viveu isso internamente para poder encarnar o Cristo íntimo… O Cristo íntimo nasce como uma criança em meio aos animais, aos desejos; ele é que luta dia e noite contra o caos, a escuridão do caos, a matéria e tudo que ela representa…
Pistis Sophia sabe que somente a “grande luz” pode salvá-la. O iniciado ajuda a obra do Cristo deixando-se conduzir, entregando-se aos poderes da luz. Por isso esse iniciado aceita o sacrifício, a renúncia… Ele aceita ser conduzido ou modelado…
O Mestre Samael ensina que as “partes superiores” de nosso Ser nos ajudam; porque se essas partes superiores de nós mesmos não nos auxiliassem, aí não haveria salvação – e a própria parte superior também fracassaria nos seus propósitos…
Portanto, isso nos remete a uma cooperação… Nós que estamos nesta sala hoje, nós que vivemos neste mundo, temos que corresponder aos anelos, aos impulsos provenientes das regiões superiores. É por isso que Pistis Sophia, enquanto vive aprisionada aqui na matéria, precisa praticar a conduta reta, arrepender-se dos seus erros, renunciar aos fascínios, aos falsos brilhos, e permanecer em oração, em trabalho sagrado… É assim que ela colabora com a grande luz e dela recebe auxilio…
A grande luz ou a luz divina escuta a oração de todos os seres e pessoas que se arrependeram. Não sem razão os cristãos antigos diziam entre si “orat et laborat” – que significa “ora e trabalha” ao mesmo tempo. Não podemos ficar só na cela ou só na caverna rezando… Precisamos trabalhar também… Orar e trabalhar…
Muito se pergunta, a estas alturas, se ainda dá tempo para se fazer algo, uma vez que falamos que as portas se fecham no final do ano [2007]. Isso nos remete à questão já mencionada: “todas as portas estão fechadas menos as portas do arrependimento”.
Se no abismo existem Mestres da Loja Branca trabalhando para de lá retirar os arrependidos significa que sempre há esperança para aquele que se dá conta do seu erro, do seu equívoco. Em se dando conta do seu erro, arrepende-se e passa a trabalhar no sentido reverso, da sua própria redenção…
Por estes dias tomamos conhecimento de irmãos que estavam em círculos inferiores e que acabaram, graças ao esforço e ao trabalho que realizaram sobre si, transferidos para níveis mais superiores do abismo e estão caminhando rumo ao limbo, de onde sairão com suas próprias pernas…
Isso ocorre aqui e agora, hoje, sem que disso tenhamos a mais remota idéia aqui na superfície. Como diz o Mestre Samael no livro Pistis Sophia: “no abismo são realizados experimentos que nós nem remotamente suspeitamos e que se traduz, em última análise, em benefício para a humanidade”.
Portanto, o mundo inferior é uma matriz de purificação tal qual o ventre materno é uma matriz de geração.
Ao mundo inferior descem todos para serem purificados porque não quiseram por si só fazer esse trabalho sobre si… Então, a vida, a grande lei não tem alternativa a não ser mandar essas Essências ao mundo do Senhor Hades para ali passar pelas sucessivas purificações de seus delitos e agregados…
Portanto, a situação de hoje é delicada? …É!
A situação é complicada? …É!
A situação está difícil? …Está!
Nunca fomos tão explorados… Nunca nos sugaram tanto em toda a história da humanidade como agora. O sistema escravizou tudo e todos… O erro mais grave não é o sistema escravizar ou haver escravizado tudo e todos… O mais grave é ser um escravo feliz achando que tira vantagem dessa situação. Porque na vida prática, por causa do dinheiro todos vendemos nossa alma; trabalhamos não pelo trabalho em si, dentro do princípio “ora et labora”; mas trabalhamos para fazer dinheiro…
Para que queremos o dinheiro? O que queremos comprar com esse dinheiro? Qual é o vazio que carregamos dentro de nós para sair por aí nos escravizando ou deixando que nos escravizem para ganhar algo em troca que, eventualmente, só na nossa fantasia pode ser atendido ou preenchido?
As grandes fortunas do mundo, os detentores das grandes fortunas do mundo, com raras exceções, são pessoas sofredoras… Podem comprar países inteiros até, mas não são felizes; o vazio é muito grande; a ausência de Deus é absurda – e por isso são vazios. Não há luz dentro dessas pessoas; por isso não são plenas nem felizes; há trevas dentro dessas pessoas.
Se estivermos felizes com a nossa condição de hoje nada faremos em nosso próprio favor… Nunca nos depararemos com a força do arrependimento. Pelo contrário, seguiremos vivendo assim até o último de nossos dias, até a queda do primeiro meteoro – ou até o primeiro balanço da Terra ou até que a primeira grande onda atinja, eventualmente, o litoral de nosso país, ou até que haja a quebradeira do poder financeiro mundial, que está por um fio…
E assim seguimos vivendo, meus amigos: longe da luz e felizes com as trevas interiores. É preciso acordar para essa realidade e dar-se conta da situação caótica em que vivemos…
Até aqui nossas palavras desta noite… Muito obrigado.
Perguntas
P: A força do arrependimento junto com o não esquecimento de si mesmo podem derreter o gelo de nossos corações?
R: A força do arrependimento é o gatilho que dispara uma ação; o gelo só é derretido com as práticas devocionais, com as orações, com os clamores à grande luz tal qual fez Pistis Sophia e tal qual falamos aqui o ano inteiro…
P: Não consigo sentir arrependimento profundo e sincero depois de fazer a análise de um defeito!
R: Neste caso, nada há afazer… Não se pode forçar, não existem pílulas para despertar arrependimento. Tudo que pode ser dito é: prossiga na oração “ora et labora”, dia e noite, sem parar, até o último minuto que você tiver nesta sua vida. Fazer isso com o coração e não com a mente, com a personalidade…
P: Como o arrependimento se processa nos quarenta e nove níveis da mente?
R: À medida que você for cristificando seus corpos… Não existe nenhuma alternativa de alcançar os quarenta e nove níveis da mente a não ser cristificando os seus sete corpos. Por isso não se preocupe com isso agora; comece a trabalhar aqui e agora na esfera em que você se encontra…
P: Como fica a situação daqueles que nestes tempos não conseguiram realizar seu trabalho a fundo, mas que em 2008, 2009 apresentem arrependimento?
R: Isso é só uma hipótese… Temos que trabalhar em cima de fatos concretos. Fato concreto é o que você faz aqui e agora. Aceitar que não tem arrependimento é o primeiro passo, compreender e analisar porque não tem arrependimento é o segundo passo. Com o tempo e a prática as coisas se ajeitam…
P: O arrependimento é um trabalho alquímico?
R: Não, meu amigo. Em Gnose, alquimia é a transmutação das energias criadoras…
Obrigado. Boa Noite.
Paz inverencial
Autor: KARL BUNN
O texto acima é cópia integral, (modificada a pontuação e feitas algumas alterações para dar o formato de texto), de uma conferência ditada por Karl Bunn, presidente da Igreja Gnóstica do Brasil – www.gnose.org.br – realizada ao vivo dia 04.12.2007, por intermédio do programa Paltalk, via Internet. Equipe: Transcrição de texto: Mariana Cunha. Revisado pelo próprio autor.
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