Falsas Luzes
1. A PROFUNDIDADE DO ENSINAMENTO DOS BUDDHAS
Para que nossa mente não fique por aí em devaneios sem fim algum, deveríamos, sobretudo nós que somos mais jovens, nos preocupar com questões verdadeiramente importantes e inteligentes, como a prática do DHAMMA ensinado pela gnose contemporânea, que contempla o melhor do cristianismo com o melhor do buddhismo e que formará a religião do futuro [futura era de ouro da humanidade].
Meditemos sobre o seguinte texto de NAGARJUNA: “…ficai sabendo que a ambrosia dos ensinamentos dos Buddhas é chamada profunda: um DHAMMA singular que vai muito além da existência e não-existência… na realidade, não há vinda, ida ou permanência. Que diferença existe, em última análise, entre o mundo e o nibbana?”
FALSAS LUZES
Todos os seres, invariavelmente, buscam a luz. Dos maiores aos mais pequeninos. A alma recém purificada na região inferior, através de longas e sucessivas etapas, segue o seu caminho rumo à luz.
E nisso, há um importante aprendizado, senão vejamos: Nós, em geral, parecemos como essas pequeninas mariposas que, no escuro, quando vêem alguma luz acessa no jardim, logo dela se acercam achando que essa é a “verdadeira luz”. Porém, quando alguém apaga essa luz, elas ficam novamente no escuro, desiludidas porque achavam que essa era verdadeira.
Ao verem outra luz acesa, voamos para ela, achando, mais uma vez, que essa é a “verdadeira luz” e não a outra que se apagou. Até que alguém, novamente apaga essa luz de jardim e ele volta a ficar no escuro e se desencante outra vez.
Esse círculo se repete milhares de vezes, e nisso alguns morrem queimados ou viram comida de animais maiores, enquanto seguem o aprendizado DA VIDA.
Elas ficam assim, inocentemente encantadas, até que chegue o dia em que se dão conta do que é a VERDADEIRA LUZ, essa que nunca se apaga ou se extingue e ilumina sem queimar.
Neste dia, acaba o encanto da forma e cessa o sofrimento, porque não mais nos iludimos com prazeres ou sensações.
Os sofrimento não são os venenos da mente, ao contrário, são os “venenos da mente” que causam sofrimento.
Essa expressão, “venenos da mente”, foi utilizada na época de Buddha para dar a entender e explicar algo que causa um mal terrível, que, em suma, é isso de estarmos presos ao Samsara pela ignorância, sujeitos a dualidade, a uma interminável suscessão de causas e efeitos.
Ficamos presos ao Samsara por apego ou aversão. Medite sobre isso, caro amigo; diria que é interminável a lista de apegos e aversões que temos. Quem está envenenado não está bem e sofre horrores por causa dos efeitos do veneno. Quer eliminar o veneno ?
Aprenda a viver a vida de forma correta, pratique os 3 fatores de revolução da consciência, incorpore para si o ensinamento das 4 Nobres Verdades siga o óctuplo caminho ensinado por Buddha e não deixe passar um dia sequer sem buscar a reino da Luz até o encontrar.
MEIOS DE LIBERTAÇÃO
Observa-se, no contexto geral, que a grande maioria se interessa mais por assuntos mundanos do que pelos assuntos verdadeiramente transcendentais, que permitem a liberação do sofrimento e alcançar a verdadeira sabedoria.
Um discípulo, ao perguntar a Nagarjuna, se era pela atenção concentrada que nos livramos do renascimento, teve como resposta, clara e direta, a seguinte explicação:
“Pela atenção concentrada, pela sabedoria, por outros estados de alma salutares.
– Mas (reperguntou o discipulo), a atenção concentrada não é a mesma coisa que a sabedoria ?
– Não ! São diferentes. A atenção concentrada acha-se nas cabras, nos carneiros, nos bois, nos búfalos, nos camelos, nos burros. Jamais a sabedoria !” (Milinda Panha, p. 74)
Ou seja, é necessário “algo mais” do que a atenção concentrada. Como ensinava o Mestre Samael Aun Weor, a “iniciação é a vida corretamente vivida”.
Viver corretamente é praticar conscientemente os 3 fatores de revolução da consciência e as 4 nobres verdades do Senhor Buddha, através do óctuplo caminho.
Sobre estes temas, há conferências em nosso PodCast, aqui neste site.
LIBERAÇÃO DOS SENTIDOS
O Abençoado [Buddha] disse para o venerável Rahula:
“Rahula, o que você pensa? O olho é permanente ou impermanente?” – “Impermanente, venerável senhor.” – “Aquilo que é impermanente é sofrimento ou felicidade?” – “Sofrimento, venerável senhor.” – “Aquilo que é impermanente, sofrimento e sujeito à mudança é adequado que se considere assim: “Isso é meu, isso eu sou, isso é o meu eu?” – “Não, venerável senhor.”
“Rahula, o que você pensa? As formas… A consciência no olho… O contato no olho… Qualquer sensação, qualquer percepção, quaisquer formações, qualquer consciência que surja tendo o contato no olho como condição é permanente ou impermanente?” [4] – “Impermanente, venerável senhor.” – “Aquilo que é impermanente é sofrimento ou felicidade?” – “Sofrimento, venerável senhor.” – “Aquilo que é impermanente, sofrimento e sujeito à mudança é adequado que se considere assim: “Isso é meu, isso eu sou, isso é o meu eu?” – “Não, venerável senhor.”
“Rahula, o que você pensa? O ouvido é permanente ou impermanente? … O nariz é permanente ou impermanente? … A língua é permanente ou impermanente? … O corpo é permanente ou impermanente? … Os objetos mentais … A consciência na mente … O contato na mente … Qualquer sensação, qualquer percepção, quaisquer formações, qualquer consciência que surja tendo o contato na mente como condição é permanente ou impermanente?” – “Impermanente, venerável senhor.” – “Aquilo que é impermanente é sofrimento ou felicidade?” – “Sofrimento, venerável senhor.” – “Aquilo que é impermanente, sofrimento e sujeito à mudança é adequado que se considere assim: “Isso é meu, isso eu sou, isso é o meu eu?” – “Não, venerável senhor.”
“Vendo dessa forma, Rahula, um nobre discípulo bem instruído se desencanta do olho, se desencanta das formas, se desencanta da consciência no olho, se desencanta do contato no olho e se desencanta de qualquer sensação, qualquer percepção, quaisquer formações, qualquer consciência que surja do contato no olho como condição.
“Ele se desencanta do ouvido … Ele se desencanta do nariz … Ele se desencanta da língua … Ele se desencanta do corpo … Ele se desencanta da mente, se desencanta dos objetos mentais, se desencanta da consciência na mente, se desencanta do contato na mente e se desencanta de qualquer sensação, qualquer percepção, quaisquer formações, qualquer consciência que surja do contato na mente como condição.
“Desencantado, ele se torna desapegado. Através do desapego a sua mente é libertada. Quando ela está libertada surge o conhecimento: ‘Libertada.’ Ele compreende que: ‘O nascimento foi destruido, a vida santa foi vivida, o que deveria ser feito foi feito, não há mais vir a ser a nenhum estado.’”
Para um maior aprofundamento, recomendamos: A Sagrada Ordem do Tibet
Texto completo: http://www.acessoaoinsight.net/sutta/MN147.php
Compilado de diversas fontes.
Autor: Karl Bunn / Alex Alves *
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