Assuras, Lei do Karma e Julgamento Final
Falaremos em torno de três temas que se integram: Assuras, lei e julgamento final. Com esses temas temos um propósito definido; estamos acompanhando o desenvolvimento dos acontecimentos atuais pelo mundo, quer sejam visíveis ou não.
Assim, aqueles que optaram por seguir as orientações que passamos através desse canal, poderão obter uma orientação ou um auxílio direto em cima daquilo que está ocorrendo neste momento, aqui e agora, quer disso tenham consciência ou não.
O que [quem] são os Assuras? Há muita literatura disponível sobre os Assuras; alguns autores dizem que os Assuras são os Semi-Deuses.
Há que se entender, exatamente, o que significa ser um Semi-Deus, onde estão, o que fazem, o que podem fazer a nosso favor ou contra…
Temos abordado por aqui, ao longo deste ano 2007, muitos temas buddhistas; falamos muito dos Buddhas; dissemos que os Buddhas são os instrutores da humanidade. De fato o são, mas é preciso entender o que é a humanidade, senão ficaremos repetindo idéias sem o devido conhecimento ou consciência.
Os Buddhas são os instrutores da humanidade! Isso equivale a dizer que os Buddhas são os professores do jardim de infância da via iniciática.
Sim, a humanidade é o jardim de infância . Ela é crua, leiga e ignora totalmente os temas transcendentes e transcendentais.
Obviamente que, ainda assim, a humanidade precisa de orientação segura, de bons ensinamentos, e é justamente aí que entram os Buddhas. De nada adianta mandar professores catedráticos, pós-graduados ou com pós-doutoramento a ensinar matérias complexas no jardim de infância… Matérias complexas são ensinadas em privado, a pequenos e restritos grupos…
É claro que, no nosso caso aqui na Terra, de tempos em tempos, o próprio Cristo se humaniza em algum iniciado que tenha reunido em si as condições necessárias para expressá-lo. Então, o próprio Cristo cósmico se expressa, se manifesta e transmite sua doutrina, uma parte externa para o público e uma parte iniciática para círculos fechados.
A doutrina dada por um Irmão Maior, a doutrina passada por um Avatar, por um Cristificado, é superior; vem complementar os ensinamentos dados pelos Veneráveis Buddhas. Numa conferência anterior ilustramos bem acerca dos ensinamentos dos Buddhas e também acerca do ensinamento do Cristo.
Muitas vezes enfatizamos aqui que ninguém se cristifica sem primeiro se budificar. Antes de alguém alcançar as Altas Iniciações, obrigatoriamente precisa:
1) despertar sua consciência;
2) depois precisa se santificar;
3) depois nasce o Buddha íntimo;
4) se ele prossegue nesse caminho, haverá um momento em que se torna um Adepto ou um Irmão Maior;
5) se ele ainda prosseguir neste caminho, poderá encarnar o seu Cristo íntimo. Assim, resumidamente, é o Caminho.
Lembramos isso porque é justamente nesse contexto, neste cenário, que queremos introduzir a idéia dos Assuras. Os Assuras são – como dissemos – Semi-Deuses.
Semi-Deuses significa que são meio Deuses, meio humanos. Esta é uma perfeita explicação para aqueles que estão no meio do caminho, entre o estágio humano e o estágio divino.
Talvez seja surpreendente afirmar agora, aqui nesta aula, nesta reunião, que os Buddhas são os Semi-Deuses, que são os Assuras. Eles estão, exatamente, no meio desse caminho. Falta muito para encarnarem a divindade interior, mas também estão bem longe do estágio comum da humanidade: tornaram-se Buddhas.
O grau de Buddha equivale a esquecer a humanidade, a esquecer a vida humana, mas não significa entrar no reino superior, onde vivem os Deuses; eles ficam exatamente no plano intermediário. Por isso podemos afirmar, sem receio de equívocos, que eles são os mesmos Assuras ou Semi-Deuses.
Com isso, acredito que facilita para muitos, ao lerem e estudarem a literatura esotérica disponível, ao tomarem conhecimento das realizações, dos atos, dos comportamentos dos Assuras, entender melhor a respeito.
Também, não podemos esquecer de certas advertências que fez o Mestre Samael, e que também já foram motivo de intervenções nossas, aqui neste canal, de que no Nirvana existem muitos Buddhas que tentam e até mesmo querem impedir o avanço do iniciado.
Muitas vezes o iniciado precisa sacar da sua espada e pôr esses Buddhas a correr… Eles não fazem isso por maldade; eles fazem isso justamente por reconhecer o sofrimento e a dor que esperam aqueles que se lançam no caminho reto. É por isso que, então, em algumas obras do Mestre Samael, encontramos comentários, textos, parágrafos, em que ele fala, adverte e avisa sobre o perigo dos chamados Deuses Tentadores do Nirvana.
Esses Deuses tentadores do Nirvana nada mais são do que os Assuras, os Buddhas, os Semi-Deuses . Já não são mais humanos, mas também não encarnaram ainda, plenamente, a divindade, e decidiram permanecer neste estágio intermediário; como ali são infinitamente felizes, todo caminhante que passa por essas regiões, é assediado por esses Semi-Deuses, e muitos são aqueles que acabam seduzidos por seus discursos…
Aqui mesmo, na história recente da Igreja Gnóstica do Brasil, tivemos dois casos concretos de estudantes nossos que alcançaram à quarta iniciação maior, e por mais avisos e alertas que tenham recebido, acabaram caindo na conversa, no discurso dos Assuras, dos Buddhas tentadores, e se bandearam para a outra ala do Nirvana.
Os Assuras não são os Buddhas gnósticos; os Buddhas gnósticos não assediam o caminhante para fazê-lo cessar sua busca ou para tentar, atrair e manter o caminhante preso no Nirvana. Pelo contrário, eles sabem que há uma via reta, e respeitam a decisão do caminhante…
Porém, há uma certa ala do Nirvana – por assim dizer – em que estão esses Deuses tentadores, esses Semi-Deuses, como estamos dizendo aqui hoje, nesta noite, que efetivamente assediam o estudante; se o estudante não estiver atento, acabará se desviando do caminho e ficando aprisionado à ilusão do Nirvana.
Muitos poderão se surpreender com esta revelação; acreditam que no Nirvana não existe o fascínio, que não é uma ilusão… Sim, meus amigos, existem as ilusões do mundo de Sansara e também existem as ilusões do Nirvana ou do mundo astral, onde vivem os nirvanis.
Esses Semi-Deuses amam a vida que têm no Nirvana; como já dissemos, é uma vida feliz, não há dor, nem sofrimento ou amargura, nem remotamente, como estamos acostumados a enfrentar aqui em nosso mundo. Porém, tudo isso não passa de uma nova classe de ilusão.
A Gnose ensina que a única realidade é nosso Pai , nosso próprio Ser. Se quisermos nos estabelecer definitivamente naGrande Realidade temos que encarnar em nós as partes superiores de nosso próprio Ser.
Nas entrelinhas dos livros do Mestre Samael percebemos que o Mestre insistiu muito na questão de “o reino dos céus se toma por assalto”.
Bem verdade que o Mestre Samael não detalhou, não explicou, não deu, nem forneceu todos os detalhes do que ocorre no processo iniciático. Mas dentre tantos detalhes que não foram detalhados em seus livros, estão esses que estamos abordando aqui hoje à noite.
São muitos os caminhantes, os iniciados que, em vidas anteriores, que em épocas remotas da humanidade, alcançaram já uma, duas, três, quatro vezes – e até cinco vezes – esses estágios de quarta ou parte da quinta iniciação de mistérios maiores; não seguiram adiante porque sempre foram seduzidos pela ilusão do Nirvana ou pela conversa dos Semi-Deuses, que decidiram fazer do Nirvana o seu próprio mundo, onde se acomodaram…
Como dizíamos há pouco, tivemos o caso concreto de dois estudantes nossos que conseguiram alcançar esse grau de quarta maior e caíram seduzidos pelas ilusões do Nirvana, e ali se acomodaram. Aí surgiu algo bem interessante… Como esta decisão foi tomada pela vontade pessoal dos estudantes, sem consultar a vontade de seus Pais internos, houve um conflito…
Nós, aqui na Escola Gnóstica, ensinamos que neste caminho temos que aprender a fazer a vontade de nosso Pai, tanto no céu quanto na Terra; temos que encarnar de tal maneira isso que até a nossa forma de olhar deve ser a mesma forma de olhar de nosso Pai; o mesmo para a forma de andar, que deve ser a de nosso Pai; a mesma forma de nos portarmos socialmente, à mesa ou em qualquer parte seja exatamente a mesma forma de nosso Pai; idem para o nosso falar, o nosso agir, nossas atitudes, nossa conduta, tudo deve ser uma réplica perfeita da maneira de ser de nosso próprio Pai.
Então estaremos seguros de estarmos efetivamente cumprindo a vontade de nosso Pai. O que tem ocorrido até hoje na prática é que os estudantes de Gnose, trabalhando sobre si, conseguiram conquistar alguns graus iniciáticos; como não recebem boa e adequada instrução, acabam achando que aquilo que lemos nos livros é tudo que existe sobre Iniciação.
Não é! Há muitos detalhes que não foram realmente expostos; nem havia necessidade disso porque tudo que era essencial para o caminho esotérico, para o caminho iniciático, o Mestre Samael nos passou. Não estamos aqui fazendo nenhum reparo, no sentido de, como alguns podem estar pensando até, querer consertar a obra do Mestre Samael; não se trata disso.
Estamos aqui tão só colocando em palavras, expressando em voz alta, algumas conclusões ou percepções que temos como muito importantes, e que passa despercebido para boa parte do estudantado gnóstico.
Ao falarmos assim, partimos do pressuposto que todo estudante, que está se lançando neste caminho agora, que está começando, ou até já começou este caminho, possa ter uma referência a mais, talvez num nível de maior compreensão, num nível mais comum, acerca desta jornada iniciática, e assim possa definir melhor sua estratégia de caminhada.
Podemos perfeitamente escolher o despertar da consciência ou o trabalhar para a santificação. A santificação é o equivalente ao terceiro grau de fogo, que são os Arhats do Buddhismo, denominação oriental que equivale ao grau deSanto no cristianismo.
É evidente que um santo possui muitas e grandes virtudes, mas ainda não é perfeito; falta-lhe muito. Mesmo como santo virtuoso ainda está sujeito a muitos erros e equívocos. Há muita maldade no santo e muita bondade no perverso, advertia o Mestre Samael.
Mas é preferível trilhar o caminho da santidade que nenhum… Este caminho da santidade é a base, o fundamento para tudo que vem depois. Portanto nada é perdido. O que não podemos perder de vista é a perspectiva da jornada, do caminho iniciático como um todo. Isso é tão importante que o Mestre Samael, a pedido dos anjos do santo sepulcro, escreveu um livro chamado “As Três Montanhas”, onde desenha o mapa, o esquema de como é o caminho iniciático. Aqui, hoje, fazemos tão só alguns complementos acerca deste mesmo esquema.
Primeiro despertar a consciência, trilhar o caminho da santidade, que significa eliminar defeitos, despertar as virtudes. Depois passamos pela estação dos Buddhas, que é o estado intermediário. Muita gente desce nessa estação. Por incrível que pareça, esta estação é muito perigosa, justamente pelas tentações nirvânicas que se apresentam aí.
Muitos caem ou tropeçam nessas alturas, porque um Buddha, por grandes virtudes que tenha, por muita sabedoria que tenha, continua ainda ignorando mais da metade de toda a jornada iniciática, e é muito fácil perder os graus duramente conquistados.
É mais fácil perder os graus búdicos duramente conquistados que seguir adiante. A senda do fio da navalha – dizia o Mestre Samael – está cheia de perigos por dentro, por fora, por cima, por baixo e por todas as partes; os piores e maiores perigos não são esses que se manifestam concretamente; são as sutilezas do caminho…
Por exemplo, conhecemos estudantes que, ao chegarem a estas alturas do seu caminho, da sua jornada, acabaram deixando formar em si, isso que, aqui entre nós, podemos denominar de “soberba búdica”; passaram a acreditar que sabiam tudo, que sabiam muito; passaram, inclusive, a dizer que o Mestre Samael havia se equivocado, como se eles, meros e simples Arhats, recém concluída a terceira iniciação maior, pudessem saber mais do que alguém que percorreu toda uma segunda montanha, não só neste Manvantara, mas que conhece este caminho desde Manvantaras anteriores…
Isso para nós, modestamente, se configura como soberba, e esta soberba foi o que precipitou Lúcifer do estado de Serafim, onde se encontrava um dia, na eternidade.
O estudante de Gnose também, na sua respectiva escala, acaba tropeçando nessas sutilezas. É por aí que tem havido e ocorrido a queda de muitos que duramente lutaram para alcançar o grau de Arhats e até mesmo o grau de Buddha. E caíram… Ou perderam todos seus graus…
Quem conhece um pouquinho da história da Gnose contemporânea reconhece nestas palavras alguns nomes que fizeram parte da trajetória recente da Gnose no mundo inteiro. Houve discípulos do Mestre Samael que alcançaram determinados graus e que acharam que já haviam concluído e compreendido tudo; então, escorregaram na própria soberba… Ou ignorância…
A pior coisa que pode acontecer a um de nós é acreditar que já sabe tudo; é acreditar que sabe mais do que aquele que nos ensinou; que sabe mais do que aquele que nos trouxe até onde estamos aqui e agora. Se alguém alcançou ou alcança, dentro da Gnose, o grau de Arahat ou de Buddha, isso é devido à doutrina, às obras e aos ensinamentos do Mestre Samael.
Como pode depois, então, ter esse atrevimento de chegar a dizer e a afirmar e a propagar por aí inverdades como a que o Mestre Samael se equivocou? É claro que isso tem conseqüências, e as conseqüências desse delito de ingratidão, é simples: a perda dos seus graus.
Isso que estou falando é fato concreto, isso nos consta, sabemos o que estamos falando, conhecemos os personagens envolvidos. Falo do passado e também falo de uma história bem mais recente, aqui mesmo no Brasil.
Por isso devemos definitivamente aprender o que diz esta frase: “Sede humildes para alcançar a sabedoria e depois de alcançá-la sedes mais humildes ainda para não virdes a perdê-la”.
As maiores ameaças que o iniciado tem na sua jornada estão representadas justamente pelos Deuses tentadores do Nirvana, pelos Buddhas do Nirvana, pelos Assuras, pelos Semi-Deuses.
Isso é algo que devemos meditar e refletir muito; temos que cumprir a vontade de nosso Pai. Se nosso Pai determinar, se nossa Mãe Divina determinar “eu quero que meu filho alcance o grau de Buddha”, aí está tudo certo; é uma ordem superior; faz parte de um plano.
Mas se nosso Pai tem outros planos e não temos o hábito de consultar ou de fazer sua vontade, ou a vontade de nossa Mãe, ao decidirmos nos acomodar num oásis de paz no nirvana, caímos; é muito fácil cair; basta não fazer nada; a entropia nos atrai novamente a este mundo, a este Sansara.
Esta é a realidade dos Assuras: de um lado, realmente eles cumprem esse papel importante que é instruir a humanidade; mas, de outro lado, acabam se tornando uma grande ameaça para aqueles que escolheram ou buscam o caminho reto.
Repito: Muitas vezes é preciso, de espada na mão, abrir caminho no Nirvana para alcançar as altas esferas dos reinos divinos.
Pois bem! Dito isso, perguntamos: o que tem a ver tudo isso com a Lei do Karma e com os Julgamentos Finais?
Nas últimas aulas temos falado dos julgamentos que ocorrem a cada dia 18. Fomos já devidamente notificados que dia 18 de agosto haverá novo julgamento, e assim seguirá até o fim deste ano. De onde vem esse número 18?
O número 18 vem da soma 5 + 13: cinco da lei, treze da morte ou da renovação ou da colheita. Como tudo é manejado sob números, tomando como base os números, o 18 é o resultado do 5 e do 13. Por sua vez o treze também não é aleatório; o 13 é resultado do 5 + 8: cinco da lei, e oito da justiça. O treze é um número cabalístico que possui muitos significados: um deles é colheita; outro é renovação; outro é mudança.
A figura arquetipal, desenhada na carta treze, é a de uma caveira, símbolo do anjo da morte roçando o trigo com sua gadanha; significa que há uma ação de colheita; que o fruto está maduro.
O cinco da lei, mais o treze da colheita, dá o dezoito. É nesse dia 18 de agosto que teremos a ação de um novo julgamento já a partir do primeiro minuto do dia 18 de agosto.
Esse julgamento abrangerá pessoas, países, estados, políticos, governantes, estudantes de gnose, líderes mundiais da economia, da política, da religião, etc.
Colocado isso, queremos novamente reforçar a idéia recorrente, sempre presente neste ano, que é a de irmos ao Tribunal da Lei para negociar nossas dívidas, nosso karma. É indispensável que façamos isso! Sem isso não temos praticamente nenhuma chance de resgate, porque quando vamos a julgamento, já é tarde para fazer qualquer tipo de negociação.
Sobre isso já vínhamos falando desde janeiro, desde as primeiras conferências deste ano 2007, porque foi nesse sentido que recebemos orientações precisas acerca do curso dos acontecimentos deste ano e também dos anos vindouros, até 2012.
É importante acordarmos, despertarmos para esta realidade dos julgamentos, das grandes transformações que estão em curso na humanidade e que se tornarão mais e mais visíveis proximamente.
Algumas vezes mencionamos aqui que até o ano 2010 muita coisa já seria visível ou teria ocorrido; sempre sugerimos que prestássemos atenção aos acontecimentos sociais, aos fenômenos sociais, às eleições, às decisões tomadas nos grandes fóruns mundiais porque aí poderíamos ver então essa face invisível, a manifestação dessas decisões invisíveis.
Neste momento, por exemplo, nestes dias, na China, temos uma população do Brasil inteira desabrigada pelas enchentes, pelos acontecimentos naturais que ocorreram por ali. Mas isso, dizemos, são acontecimentos menores; são preâmbulos das grandes tragédias, transformações sociais, geográficas e climatológicas que iremos assistir de ora em diante.
No que se refere à questão pessoal e individual, do trabalho de cada um de nós, não temos mais nada a acrescentar, além do que foi dito nas aulas anteriores. Podemos apenas reforçar que busquem o Tribunal da Lei, façam suas negociações, suas composições e aproveitem cada momento, cada dia que temos para trabalhar sobre si. Isso significa então que temos que intensificar e ampliar nossas práticas esotéricas para nos tornamos dignos e merecedores de uma ajuda especial da lei divina.
Além das negociações diretas com a lei divina temos que orar muito, apelar à nossa Divina Mãe; afinal é Ela que elimina, que trata de nossos defeitos; é Ela que vem em auxílio nosso para eliminar os defeitos.
Não há eliminação de defeitos sem a intervenção da Mãe Divina. Muitas vezes temos dito aqui – e vamos repetir hoje mais uma vez – que não adianta repetir mecanicamente: “Mãe elimina esse defeito” se não fizemos o dever de casa, ou seja: se não nos demos ao trabalho de analisar, estudar e compreender o defeito, a Mãe Divina não elimina esse defeito.
É um trabalho integrado: de nós é exigido essa parte; é o dever de casa. Além disso temos que tratar de viver a conduta reta, expressar a conduta reta durante o dia.
Sobre conduta reta há várias classes ou aulas que já demos e apresentamos aqui. Isso tem sido um tema recorrente aqui já desde o ano 2006; até mesmo alguma coisa falamos no ano 2005, quando iniciamos esse trabalho aqui, através deste canal.
Então, resumindo, para que não sejamos alcançados prematuramente por esses julgamentos, temos que tomar a iniciativa de negociar nossas dívidas.
Fazendo isso, teremos oportunidade de trabalhar, de lutar pelo resgate, pela salvação de nossa alma. Do contrário, se formos alcançados por um desses julgamentos cíclicos que estão ocorrendo mensalmente, já não haverá mais como fazer nenhum apelo depois.
Até aqui nossas palavras desta noite; colocamos essas idéias, e agora, então, ficamos à disposição para ampliar e, inclusive, se for o caso, tecer algumas considerações sobre os temas anteriores aqui apresentados.
Perguntas
P: O que aconteceu com os estudantes da Escola Gnóstica que se deixaram enganar com as tentações do Nirvana?
R: Perderam todos os seus graus…
P: A renegociação é necessária se estamos cumprindo o acordo?
R: Sempre é necessário, sempre é necessário; temos que renovar mês a mês, dia a dia nosso compromisso; estar presente, mostrar presença, responder à chamada.
P: Como saber se já passei ou não pelo julgamento?
R: Não há como saber; só se, através de sonhos, você já foi informado. Aquelas pessoas que têm um mínimo de memória onírica, sem dúvida se viram em pesadelos passando por isso, e aqueles que realmente não têm nenhuma esperança, que estavam totalmente adormecidos, não sabem, não tomaram conhecimento neste mundo aqui. Porém a essência, a consciência, que é a nossa verdadeira realidade, sim, sabe; é só isso que importa.
P: Tirar a alma dos líderes mundiais é como tirar a corda que prende um cão feroz? A guerra é questão de tempo?
R: Sim, tudo caminha para isso. O despovoamento da Terra se dará por acontecimentos naturais e por guerras que alcançarão e envolverão muitas nações.
P: Um estudante seduzido pelos Assuras deixa de seguir o caminho?
R: Não diria que ele deixa de seguir o caminho. É mais exato dizer que ele estagna, fica parado no caminho, e dependendo de cada caso, acaba perdendo esses graus, porque volta aos poucos a se conectar com as coisas deste mundo. Por isso um Buddha, alguém que terminou a quarta iniciação de mistérios maiores, mesmo tendo alcançado plenamente o grau de Buddha, poderá perder todos os seus graus, cair e involuir mais rapidamente no abismo do que uma pessoa comum e normal, porque um Buddha, quando se deixa atrair novamente pelas coisas deste mundo, se torna um caso perdido. Não vou dar nomes, mas aqueles que se derem ao trabalho de estudar a história da Gnose e se prestarem atenção a si mesmos e ao seu redor podem reconhecer facilmente essas histórias…
P: No caso de estudantes de nível mais avançado, até que ponto os Assuras e a Lei da Katância influem nas quedas?
R: A Lei da Katância não influi em nada. A Lei da Katância, tomada como sinônimo de “karma”, sim! Os Assuras influenciam, mas a Lei não; a Lei atua de tempos em tempos, ciclicamente; te deixa livre para decidir e escolher. Os estudantes mais avançados, que se deixam seduzir, não só pelas tentações do Nirvana, como o pior de tudo, voltam a se deixar seduzir pelas coisas deste mundo, aí sim, a lei da katância ou a lei do karma cai pesado. Como dissemos há pouco, o mínimo que ocorre – ou a primeira coisa que ocorre – é a perda dos graus internos. Mas a pessoa continua acreditando que nada ocorreu… Esse é o perigo! Como você vai acordar uma pessoa que acredita e jura que está acordada??? Não há como!!! Esse é o maior pesadelo…
P: Sou novo na Gnose, quero negociar minhas dívidas; qual o caminho para isso?
R: Primeiro passo, ouvir as conferências anteriores, onde falamos disso; segundo passo, conheça melhor nosso site, onde existem inclusive textos sobre isso… Não é preciso repetir tudo isso aqui, agora, se temos isso disponível a todo mundo.
P: Na vida prática, como pratico a morte do ego no meu dia a dia?
R: A esses que estão chegando agora, em nosso site há um pequeno livro denominado SEPTEM SCRIPTA MORITURI
São setes sermões ou escritos aos que querem morrer; baixem esse livro; nosso site é uma ferramenta de apoio a este trabalho que fazemos aqui. A lição de casa, o trabalho básico, o bê-á-bá precisa ser buscado e feito pelo estudante. Se o estudante não estuda, não aprende e nem adianta ficarmos aqui esclarecendo o que está escrito já, esclarecido anteriormente. Recomendamos estudarem esta pequena obra que fizemos denominada SEPTEM SCRIPTA MORITURI. Em nosso site há também outros cursos. Temos curso de meditação, e há também já transcritas todas as aulas deste ano 2007, que são as mais atuais e importantes para o atual momento. Todo esse material esta aí, disponível; são mais de quinhentas, seiscentas páginas de material transcrito, que nossa amiga aqui presente, a Mariana, tem realizado. Se alguém acha difícil ler, escute as aulas aqui dadas, lembrando sempre que ESTUDANTE ESTUDA. Se o estudante não faz sua parte, nada vai acontecer.
P: Qual a intenção dos Assuras em enganar os iniciados?
R: Eles têm um único propósito: fazer com que os caminhantes compartilhem de sua felicidade, que permaneçam nos domínios do seu reino. Isso, nada mais.
P: Se meu julgamento já foi realizado não será mais possível negociar minhas dívidas?
R: Não! Já foi julgado… Seu destino foi determinado. Mas para o indigno todas as portas estão fechadas menos as portas do arrependimento. Há casos bem raros de pessoas que desceram ao segundo, terceiro círculo do inferno e que se deram conta do seu equívoco, do seu erro, e se arrependeram; pediram ajuda e foram ajudadas – isso é algo que está ocorrendo, inclusive neste momento. Muitas pessoas, já mencionamos isso até no encontro anterior, tinham e ainda têm partes suas enterradas nos abismos e estão se dando conta disso; estão apelando à lei divina para o resgate, para o pagamento das suas dívidas e estão conseguindo. Por isso, meus amigos, não vacilemos; tenhamos confiança: os Deuses não são tiranos! Os Senhores do Karma não são tiranos! Todos são Mestres do amor consciente. Eles não querem condenar ninguém a coisa nenhuma; só que a eles cabe fazer justiça e justiça é a suprema piedade e a suprema impiedade da mesma lei.
P: O Nirvana fecha as portas de tempos em tempos, e atualmente está aberto. O que acontece com os habitantes do Nirvana nesse tempo inativo? O perigo que você menciona ainda continua quando fechado?
R: Bom, esse perigo continua quando fechado, porque esse “fechado” é entre aspas; a vida não cessa aqui na Terra; dia após dia, ano após ano, raça após raça as pessoas continuam nascendo, as escolas iniciáticas continuam existindo, estudantes estão chegando e saindo. A vida é dinâmica, não esqueçamos disso. Então, os Assuras – como dissemos – não fazem isso por maldade; afinal, eles são Buddhas, Semi-Deuses, são metade Deuses já; só que o papel deles, de certa maneira, também é testar a virtude do caminhante, e a lei superior permite isso. A liberdade é onipresente, é a base do universo. Do contrário, haveria tirania, ditadura – e não é disso que estamos falando. Liberdade, livre arbítrio, e cada um faz o seu papel, perfeito?
P: A partir de 2008 os tribunais vão se fechar, mas não disse por que especificamente isso acontecerá. Aqui no mundo físico dá para entender que os juízes e promotores queiram fechar o fórum para ir à praia descansar ou tirar umas férias, mas nos mundos superiores? Por que vão descansar esses seres que não se cansam? Se os tribunais estão localizados nas regiões onde não há tempo, qual a finalidade de se fechar as portas para todos?
R: Essa é uma pergunta tipicamente racional. Os tribunais se fecharão porque o arcano treze mais o arcano cinco foram aplicados. Aqueles que têm chance de mudar, de se salvar, de se resgatar o serão este ano em volume expressivo. Já a partir do ano que vem, praticamente não haverá mais ninguém a resgatar. Todos terão sido julgados e seus destinos, definidos… Além disso, a Loja Branca está em tal atividade que se fosse possível ter um dia de trinta e seis horas ela trabalharia isso, justamente porque a Loja Branca está em plena, em intensa atividade porque há acontecimentos que, vistos com os olhos deles, são para amanhã. Por exemplo, a era de capricórnio. Para nós isso vai demorar dois mil anos ainda, mas para eles, é daqui a dois anos. Há muita coisa para se fazer. O nascimento da sexta raça, que para nós é uma questão de 25 – 30 mil anos para frente, para eles é uma questão de plano de longo prazo de um país, que envolve o tipo de infra-estrutura que devemos ter nesse país para daqui a trinta anos… Lá se trabalha – e se trabalha muito, sem parar. Lá não se tira férias, há muito que fazer. Então, o que está acontecendo neste momento? O Tribunal da Lei está limpando as mesas e armários de todos os processos pendentes relativos à quinta raça raiz. É isso, meu amigo!
P: Como pagamos nossas dívidas?
R: Com um trabalho desinteressado em favor da humanidade! Que tipo de trabalho desinteressado? Desde conduta reta, orações em favor do semelhante, fazendo práticas, fazendo obras de caridade – tudo isso feito sem intenções ocultas ou expressas de receber algo em troca. Devemos aprender a agir e a trabalhar com boa vontade e sem esperar prêmios e medalhas. O fundamento do servir à humanidade é o desinteresse pessoal em prêmios e recompensas; é trabalhar pelo trabalho, é trabalhar para devolver à vida aquilo que a própria vida nos dá; é fazer com que todos tenham vida em abundancia, assim como nós a temos também. Servir é o mandamento do Cristo.
P: É normal nesses tempos últimos nos sentirmos mais levados a trabalhar intensamente como se uma força maior nos impulsionasse para isso?
R: Eu diria que hoje as maiores forças que estão impulsionando a vida humana são as forças destrutivas. Se nós cultivamos e optamos pela polaridade adequada dessa força, elas podem ajudar a destruir a parte negativa que temos dentro de nós, porque justamente essas forças destrutivas estão atuando para destruir o que há de negativo no planeta, na sociedade. Essas mesmas forças podem ser utilizadas então para destruir o que há de negativo dentro de nós, dependendo de nossa polaridade. Temos que nos posicionar adequadamente com essa força para termos o benefício almejado.
P: Uma pessoa que já foi julgada e condenada poderia sentir vontade de salvar sua alma?
R: Acho bem mais difícil neste caso, porque se nós hoje, que estamos aqui, livres para decidir algo, se formos condenados, significa que nosso peso era expressivo, muito maior que nossa própria consciência. Então, se antes nada fizemos, depois de condenados muito menos faremos, e é por isso que é muito difícil haver um arrependimento naqueles que estão nos caminhos do inferno…
P: Sabendo que dia 18 é julgamento importante, retirar-se em meditação e jejum seria o mínimo a se fazer?
R: O mínimo a fazer é levar adiante o que falamos aqui sempre: conduta reta, práticas, orações, santificação – essas coisas todas que temos ensinado sistematicamente aqui ao longo do ano. No dia 18 é só mais um dia… Então não será a meditação e o jejum que vai mudar alguma coisa; é importante viver os princípios da Gnose no dia a dia, e não especificamente “por ocasião da Páscoa da Ressurreição” ou nos dias de evento.
P: O Mestre fala no livro “Revolução da Dialética” que a auto- observação regenera as células do corpo, se a pessoa é casta!
R: A auto-observação em si não regenera as células do corpo, como você mesmo está escrevendo aqui… Se a pessoa for casta, sim! Então é a castidade que regenera as células, não a auto-observação. A auto-observação é um processo que auxilia a limpeza mental; a auto-observação nos torna gradativamente auto-críticos. A castidade sim, vai regenerando as células do corpo. Mas esse é um processo lento porque a castidade, a preservação, a conservação da energia da vida, é que coordena, que faz esse processo de regeneração. A energia sexual é fogo, é o fogo que renova a natureza. É por isso que se dá a regeneração do corpo, lembrando apenas que temos que primeiro conquistar a castidade da mente para que esta castidade fisiológica produza os resultados positivos esperados; do contrário, se nossa mente é suja, a energia retida potencializa justamente as partes tenebrosas. Portanto, temos que trabalhar com as duas frentes: mente e corpo.
P: Que orientação sugere que seja dada nos próximos dias a pessoas que estão começando nesses estudos?
R: Como dissemos há pouco: criamos um site justamente para isso, para dar a base de estudo. Alguém que está chegando agora, precisa aprender a base. Esta base está toda em aulas anteriores, aqui neste canal. Por exemplo, falamos de conduta reta; conduta reta não é uma teoria; é prática: ou se vive ou não se vive; tem ou não tem. É claro que para se praticar a conduta reta é preciso entender o que é isso – e isso está explicado nessas conferências anteriores. Portanto, quem chega agora vai ter que ouvir tudo aquilo que já foi dito anteriormente; vai ter que tomar a iniciativa de fazer esse trabalho, de ouvir as primeiras letras, de ouvir as orientações que procuramos passar aqui a partir de janeiro deste ano, com mais ênfase, e adequada para o momento atual. Estudante estuda… e começa a praticar aos poucos.
P: Um Assura pode ser uma pessoa comum entre nós?
R: Sim, os Assuras que têm corpo físico são pessoas comuns entre nós, sem dúvida nenhuma. Há muitos que não são Assuras, porém se comportam como Assuras dentro do meio gnóstico; são justamente aqueles que querem nos convencer de que não é preciso sofrer, que há outros caminhos mais suaves, etc. São esses que dizem que “todos os caminhos levam a Deus, que todas as escolas são verdadeiras”… Esse é um discurso típico ou de um Assura ou de um mago negro, porque aqueles que abrirem ouvidos a esse discurso, a esse entendimento pseudo-universalista, vão acabar entrando nos abismos ou se desviando para caminhos errados e se desgarrando para outras direções. Se fosse verdade que todos os caminhos levam a Deus, por que que a própria Loja Branca combate a Loja Negra? Acho que isso é óbvio! É porque nem todos os caminhos levam a Deus e nem todas as escolas são verdadeiras e nem todos os métodos são da luz. Mas me perdoem a expressão: os “tontos” que estão por aí hoje absorvendo, comendo e devorando tudo que é literatura disponível na internet e nas livrarias, acreditam que assim, fazendo uma salada de autores e de escolas, brancas e negras, estão indo cada vez melhor. Misturam Gnose com chá enteógeno, misturam Gnose com o xamanismo degenerado da época atual e acham que estão indo bem… Têm direito a pensar assim, não podemos fazer nada… Apenas funcionamos aqui como placas de estrada: indicamos a direção mas não vamos juntos…
P: Poderíamos considerar os Assuras como Mestres de Graus?
R: Não entendo exatamente o que você pergunta… O que expressamos é que os Assuras, esses Semi-Deuses, ensinam a humanidade, dão ensinamentos básicos, fundamentais, mas temos que ter o discernimento para ir além. Numa escola esotérica – ou no caminho espiritual – não precisamos mostrar a ninguém que aprendemos uma lição ou as lições. Na escola ou na escala iniciática cada um é provado individualmente, frente a si mesmo. Se fracassa, precisa voltar a treinar mais; se vence a prova – ou as provações – entra em novos graus ou níveis de ensinamento. Essas provas sempre são de si para consigo mesmo. Os Mestres simplesmente nos colocam frente a frente a nós mesmo, e nós temos que superar a nós mesmos. Não se trata de superar nenhum adversário externo a nós mesmos, mas simplesmente, superar a nós mesmos. O mundo é nosso ginásio; a sociedade, as pessoas, nossos semelhantes são nossos desafiantes. É no mundo, nesses cenários, que temos de tratar de se manter sereno, tranqüilo, não reagir, viver a conduta reta e servir a humanidade, servir desinteressadamente – não só no discurso, não só da boca para fora – mas em fatos concretos…
P: Após 2007 devemos ou podemos levar o último fator a humanidade?
R: O verdadeiro guerreiro só tomba e só deixa de lutar quando não consegue nem ficar de pé ou quando já cortaram os dois braços. Os Deuses estão trabalhando dia e noite; devemos fazer a mesma coisa. Até dezembro de 2007, enquanto as portas do Tribunal da Lei estiverem abertas às negociações, aqui estaremos; depois disso, nada sabemos…
Por Karl Bunn
O texto acima é cópia integral, (modificada a pontuação e feitas algumas alterações para dar o formato de texto), de uma conferência ditada por Karl Bunn, presidente da Igreja Gnóstica do Brasil – www.gnose.org.br – realizada ao vivo dia 07.08.2007, por intermédio do programa Paltalk, via Internet. Equipe: Transcrição de texto: Mariana Cunha. Revisada e ampliada pelo autor.
Comentários
Os comentários estão fechados.